segunda-feira, 6 de maio de 2013

Aranha Armadeira



Armadeira

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Como ler uma caixa taxonómicaAranha Armadeira
Phoneutria nigriventer
Phoneutria nigriventer
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Arthropoda
Classe:Arachnida
Ordem:Araneae
Família:Ctenidae
Género:Phoneutria
Perty, 1833
Espécies
P. bahiensis
P. boliviensis
P. eickstedtae
P. fera
P. keyserlingi
P. nigriventer
P. pertyi
P. reidyi
Armadeira (também conhecida como aranha-macaco ou aranha-de-bananeira) é a designação comum às aranhas do gênero Phoneutria (dogrego phoneútria, "assassina"), da família dos ctenídeos. O nome comum armadeira vem da sua atitude invariável de ataque, com as patas dianteiras erguidas.

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[editar]Características

Originárias da região sul-americana, com um corpo de 3,5 cm a 5 cm e pernas de até 17 cm de envergadura (fêmea). São altamente agressivas e peçonhentas, pois produzem um veneno cujo componente neurotóxico é tão potente que apenas 0,006 mg é suficiente para matar um rato. Freqüentemente entram em habitações humanas à procura de alimento, parceiros sexuais ou mesmo abrigo, escondendo-se em roupas e sapatos. Quando incomodadas, picam furiosamente diversas vezes, e centenas de acidentes envolvendo essas espécie são registrados anualmente: são responsáveis por aproximadamente 42% dos casos de picadas por aracnídeos notificados no Brasil.[carece de fontes]
É considerada a aranha mais venenosa do mundo, segundo o Guiness Book, devido a potência do seu veneno de ação neurotóxico. No Brasil, é a segunda aranha que mais causa acidentes, perdendo apenas para a aranha-marrom, porém, ao contrário da Loxosceles, é extremamente agressiva, razão pela qual não se aconselha nem se permite sua criação em cativeiro.

[editar]Veneno

peçonha da Phoneutria é composta por polipeptídeos melao, além de histamina e serotonina. Sua ação é neurotóxica e cardiotóxica. A ação neurotóxica ocorre no SNC, mais precisamente nos canais de sódio, provocando despolarizações nas terminações nervosas, (sinapses) sensitivas e motoras, fibras musculares e no sistema nervoso autônomo, induzindo a liberação de neurotransmissores (principalmente a acetilcolina e catecolaminas.1 ). A ação cardiotóxica interfere na atividade contrátil do músculo estriado cardíaco, ativação do sistema de calicreína tissular, ativação de fibras sensoriais e esvaziamento gástrico. A picada da Phoneutria é relativamente letal para ratos. Fontes confiáveis ​​afirmam que mais de 7.000 casos autênticos de picadas em humanos foram registrados, com apenas cerca de 10 mortes conhecidas, e apenas cerca de 2% dos casos foram graves o suficiente para precisar de utilização de antiveneno.

[editar]Sintomatologia

Os pontos de inoculação sobre a pele são vistos acompanhados de inchaçovermelhidão e sudorese local. A dor é queixa comum, pode ser local ou irradiada, tem intensidade variada e é acompanhada de parestesias (formigamento). Dependendo do estado da pessoa, além da dor, os sintomas mais comuns são taquicardia com alterações no eletrocardiogramahipertensão arterial, sudorese com visão turva e vômitos ocasionais. O hemograma pode apresentar leucocitose com neutrofilia e hiperglicemia.2
O quadro em crianças com menos de seis anos e idosos muito debilitados pode evoluir para edema pulmonar e choque representando um risco não desprezível de morte.3

[editar]Tratamento

Apesar da alta toxicidade da peçonha da armadeira, a absoluta maioria dos casos registrados são considerados leves e de prognóstico benéfico. Nestes casos o tratamento é sintomático resumindo-se a analgésicos como a picasulina e anestésico local xilocaína e, em caso de ânsia de vômito, um antiemético como Plasil (Metoclopramida). Nos moderados que apresentam sudorese acompanhada de leve taquicardia e hipertensão, o tratamento sintomático é acompanhado do específico com soro antiaracnídeo. Nos casos graves que apresentam grandes alterações na pressão arterial com taquicardia/bradicardia e sudorese profusa, uma dose maciça de soro antiaracnídeo juntamente com cuidados médicos intensivos tornam-se necessários.4

[editar]Ver também

Referências

  1.  Cartillo, Juan C. Quintana; Patiño, Rafael Otero: Envenenamiento aracnídico em las Américas – Revista MEDUNAB. Vol. 5, número 13 - Mayo de 2002.
  2.  CUPO P; AZEVEDO-MARQUES MM & HERING SE: Acidentes por animais peçonhentos: Escorpiões e aranhas – Medicina, Ribeirão Preto, 36: 490-497, abr./dez. 2003.
  3.  Cicco, Lúcia H. Salveti de: Armadeira ou Aranha da banana – Animais Perigosos.
  4.  Ministério da Saúde: Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos – 2ª ed. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001. ISBN 85-7346-014-8

                     Fonte:Wikipédia
Ass:Pedro XD                                  

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